quarta-feira, 26 de novembro de 2008

São Chico


Caros Curadores e Curadoras. Gostaria de compartilhar uma história de viagem que já tem alguns anos. É o primeiro texto sobre essa experiência que escrevo. Mas penso ser este um canal apropriado para publicá-lo.

Viajei muito a trabalho. Mas, mesmo que não fosse por obra da profissão, conhecer novos lugares, culturas e pessoas sempre fez e fará parte de minha atual existência. Uma dessas jornadas me conduziu a Serra da Canastra, uma cadeia de montanhas ao Sul de Minas Gerais protegida por um parque nacional. Lá a gente percebe estar diante de um desses santuários naturais, onde a vida emana de todos os lados e em todas as formas: pulsa com a força de centenas de cachoeiras, voa no farfalhar de milhares de asas, protege no verde que recobre o solo, fecunda com a água que se espalha por todas as frestas e observa na visão de imponentes sentinelas de pedra, como as montanhas se apresentam naquela terra

O parque da Canastra surgiu para proteger um dos maiores tesouros brasileiros: as nascentes do Rio São Francisco. Para se ter uma idéia da importância do Velho Chico, vale registrar que ele atravessa cinco estados e abastece centenas de cidades antes de voltar ao oceano. Nada mais justo, portanto, que proteger o delicado ecossistema da origem de sua jornada.

Em um dia chuvoso, mas de temperaturas agradáveis, fui conhecer esse local sagrado a 1.200 metros de altitude. Ao chegar, deparei-me com menos que eu imaginava, mas com muito mais que esperava encontrar. O lugar em si resume-se a uma placa, uma estátua de São Francisco e algumas trilhas que margeiam um trecho alagadiço e de aspecto frágil. Naquele momento, pensei comigo: “caramba! Um rio de quase 3 mil quilômetros de extensão começa sua existência como um pequeno e delicado charco?”. E então recebi meu presente.

São Chico me mostrou sua verdadeira natureza. Vi o rio como nossa própria vida: aquele era o São Francisco bebê, recém-nascido, milagrosamente frágil e potencialmente forte. Dez quilômetros à frente, surge a Casca D’Anta, a maior cachoeira da região com 186 metros de altura e tal ímpeto que, nos dias mais cheios, pode-se sentir os respingos da água batendo no chão a cem metros de distância. Ao longo de todo o parque o rio corre arrebatador, formando dezenas de quedas d’água e corredeiras. É sua fase adolescente, transbordando energia e querendo desbravar o mundo. Ao deixar a área de proteção, o rio se torna plano e segue através do norte de Minas Gerais e por toda a Bahia. É o rio adulto, provedor, que sustenta as comunidades ao longo de seu curso. Entre Alagoas e Sergipe, finalmente atinge sua foz, depois de percorrer 2.830 quilômetros. Em um espetáculo de pequenas praias, ilhas e canais, o rio idoso, no fim de sua jornada, retorna sereno ao oceano.

Todos esses rios, no entanto, acontecem simultaneamente. O São Chico é bebê, adolescente, jovem, adulto e idoso ao mesmo tempo. E o que afeta um momento de sua vida afeta todos os outros. Assim como o rio é também a nossa existência: plena e atemporal. Nossa consciência física é como uma gota d’água que deixa a nascente. Ela nasce, cresce, vive e morre olhando apenas um sentido e deixa de perceber que tudo é. Simples assim.

Essa existência vai além do tempo, mesmo dentro do tempo. O rio existia antes da civilização e vai continuar a existir depois dela. Mesmo que a gente construa barragens, canais e qualquer jeito biônico de alterar sua estrutura, ele volta às origens. Pode demorar milhares e até milhões de anos, mas tudo se ajeita. E, afinal, um grão de poeira e uma montanha têm o mesmo tamanho diante do infinito.


Obrigado São Chico!

sábado, 15 de novembro de 2008

Oração de Gratidão ao Elemental do Corpo


Com Pleno Poder e Autoridade da Amada Presença de Deus “Eu Sou”
em Nome do nosso Amado Maha Chohan
e da Fraternidade de Elementais e Homens:
Envio amorosa gratidão e profundo reconhecimento
ao Ser Elemental do meu corpo
meu amigo altamente desenvolvido
que dirige a manutenção de meu corpo físico
bem como envio Amor a cada elemento do meu corpo
Invoco as Bênçãos de Deus
para derramarem-se sobre o Elemental do meu corpo
assim como sobre o Elemental de todos os corpos humanos
com a plenitude do Amor e Poder Cósmicos, sempre expandindo-se
até que o amor, a paz, o conforto, a misericórdia e vitalidade
manifestem-se fisicamente e a toda a Humanidade.
Que assim seja
no mais Sagrado Nome de Deus, “Eu Sou”.


Extraído do livro "Minhas Preces e Orações Prediletas" de Anngela Druzian, Mystic Editora, 3ª Edição, Fev/2002.
Postado por: Karin